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O território
no século XVIII

Alguns dos eventos históricos durante o reinado de Dom João V
O TERRITÓRIO NO SÉCULO XVIII

O TERRITÓRIO NO SÉCULO XVIII

1734

Visita da rainha D. Maria Ana de Áustria, com os príncipes do Brasil (D. José e D. Mariana Victoria) e o infante D. Pedro a Santo Antão do Tojal

Visita da rainha D. Maria Ana de Áustria, com os príncipes do Brasil (D. José e D. Mariana Victoria) e o infante D. Pedro a Santo Antão do Tojal

1734

D. Maria Ana de Áustria com os Príncipes do Brasil (D. José e D. Mariana Victória) e o Infante D. Pedro, com suas famílias, assistiram a uma missa cantada, seguida de um refresco no jardim do palácio. D. Tomás foi dispensado de os acompanhar por estar doente, uma dor numa perna, tendo sido necessário proceder a uma sangria.

Foi lavrada a escritura a favor do francês Robert Godin, para estabelecer uma fábrica de sedas em Lisboa

05/10/1734

Criada sob protecção régia, por um grupo de mercadores abastados, a fábrica de sedas em Lisboa, viria a ter as suas primeiras instalações na Fonte Santa, estabelecendo-se depois ao fundo da Rua de S. Bento em 1737 e finalmente no Rato em 1738. A Real Fábrica das Sedas foi, no seu início, resultado de uma iniciativa de Robert Godin, que em 1731, requereu autorização para estabelecer uma fábrica de tecidos de seda. No entanto, só em 1734 conseguiu concretizar esse projecto ao reunir os fundos necessários para a edificação da fábrica com a formação da Companhia da Fábrica das Sedas. Cedo a fábrica começou a experimentar problemas de ordem técnica e financeira, em resultado de um mercado deficiente e da concorrência dos tecidos ingleses de melhor qualidade e mais baixo preço. Após um período de decadência, em 1757, a fábrica recuperaria posição no mercado nacional e ultramarino por iniciativa do Secretário de Estado do Reino e Mercês, Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras e futuro marquês de Pombal.

1737

É representada no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, a ópera Guerras do Alecrim e Manjerona com textos de António José da Silva «O Judeu»

Carnaval de 1737

António José da Silva é considerado pelos críticos e historiadores um dos grandes dramaturgos portugueses. Nascido no Brasil, mas criado na Lisboa joanina e formado em Direito pela Universidade de Coimbra, faleceu num Auto-de-Fé da Inquisição realizado em Lisboa em Março de 1739 após ter sido preso e acusado de participar na cerimónia judaica do Yom Kipur (foi enforcado e seu cadáver queimado na fogueira). O Teatro do Bairro Alto, também apelidado de Casa dos Bonecos começou em 1733 a apresentar espetáculos de ópera popular em língua portuguesa, da autoria de António Teixeira, jovem bolseiro em Roma da Escola de Musica do Seminário da Patriarcal, cujas produções operísticas, estão associadas ao dramaturgo António José da Silva «o Judeu». Um bom exemplo do trabalho conjunto destes dois autores é a ópera Guerras do Alecrim e Manjerona. Estes espetáculos eram representados por bonecos ou marionetas, enquanto os atores e cantores se mantinham ocultos no cenário.

1743

Começou a ser construída a Capela de São João Baptista grandioso projeto que teve como arquitectos Nicola Salvi e Luigi Vanvitelli.

Começou a ser construída a Capela de São João Baptista grandioso projeto que teve como arquitectos Nicola Salvi e Luigi Vanvitelli.

1743

A construção da capela de S. João Baptista, na Igreja de São Roque dos jesuítas, em Lisboa, foi encomendada pelo rei ao representante português em Roma, Manuel Pereira de Sampaio. Desde logo se impunham condições quanto à magnificência da obra e ao mesmo tempo se pedia a máxima brevidade, sem se explicarem as razões para tal pressa mas por certo relacionada com a doença do Rei D. João V fora vítima de uma apoplexia que o deixara parcialmente paralisado da parte esquerda do corpo. A capela de S. João Baptista teve a particularidade de ser construída em Itália. Obra riquíssima que obrigou ao envio de importantes quantias exigidas pelo papa Bento XIV para a sua conclusão. Uma vez pronta, a capela foi armada dentro da igreja de S. Pedro, e depois de sagrada, oficiada de pontifical. Só posteriormente foi enviada para Lisboa, toda desarmada e cuidadosamente encaixotada. Em 1 de Setembro de 1747 chegaram a Lisboa os 3 navios que traziam diferentes objetos e materiais preciosos, como os bronzes dourados e variadas espécies de mármores, bem como, operários especializados, entre eles, o afamado escultor Alexandre Giusti, que nunca mais abandonou Portugal. As obras começaram em Novembro e a pressa que se lhe deu, fizeram que, em Dezembro estavam já prontos os alicerces. Mas tendo só sido concluída em 1750, D. João V gravemente doente, faleceu, e já não pode ver realizada a sua monumental obra. A capela que somente se colocou em São Roque no reinado de D. José, a 13 de Janeiro de 1751 é em si mesma um valiosíssimo repositório de arte.

1744

Decreto de D. João V para criação da Real Tapada de Mafra: “Fui servido mandar demarcar, junto à vila de Mafra, terras para se formar uma tapada para meu real serviço, as quais mandei avaliar para se pagarem a seus donos pelo seu justo preço”.

18/07/1744

(Decreto régio de 18 de julho de 1744)

São realizadas 8 arrematações para a empreitada da construção do muro de pedra e cal com a extensão de 21 km para vedar a Real Tapada de Mafra.

São realizadas 8 arrematações para a empreitada da construção do muro de pedra e cal com a extensão de 21 km para vedar a Real Tapada de Mafra.

1744 a 1746

(Planta da Real Tapada de Mafra e das suas cercanias levantada em 1855, Arquivo Nacional da Torre do Tombo)

Segunda visita da rainha D. Maria Ana de Áustria, com os príncipes do Brasil (D. José e D. Mariana Victoria) e o infante D. Pedro a Santo Antão do Tojal

27/07/1744

D. Maria Ana de Áustria com os Príncipes do Brasil (D. José e D. Mariana Victória) e o Infante D. Pedro, com suas famílias, assistiram a uma missa cantada, seguida de um refresco no jardim do palácio.

Nascimento em Santo Antão do Tojal de Félix Avelar Brotero, pioneiro da Botânica em Portugal.

Nascimento em Santo Antão do Tojal de Félix Avelar Brotero, pioneiro da Botânica em Portugal.

24/11/1744

1745

Bula do papa Bento XIV, proíbe, sob pena de excomunhão, a retirada, desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas da Livraria de Mafra sem autorização expressa do Rei de Portugal, como, também, permite a leitura dos livros proibidos pelos bibliotecários, fundamentando a existência destes livros em Mafra.

Bula do papa Bento XIV, proíbe, sob pena de excomunhão, a retirada, desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas da Livraria de Mafra sem autorização expressa do Rei de Portugal, como, também, permite a leitura dos livros proibidos pelos bibliotecários, fundamentando a existência destes livros em Mafra.

1745

(Fotografia Luís Ferreira Alves)

1747

O tabelião Martinho Roussado, do 2º ofício do Cartório Notarial de Mafra, lavra 54 escrituras relativas às expropriações do terreno ocupado pelo Palácio, Basílica, Convento, Cerca e Tapada, importando numa elevada despesa de 20.831$200 réis.

O tabelião Martinho Roussado, do 2º ofício do Cartório Notarial de Mafra, lavra 54 escrituras relativas às expropriações do terreno ocupado pelo Palácio, Basílica, Convento, Cerca e Tapada, importando numa elevada despesa de 20.831$200 réis.

outubro de 1747 a fevereiro de 1748

(Arquivo Nacional da Torre do Tombo)