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O território
no século XVIII

Alguns dos eventos históricos durante o reinado de Dom João V
O TERRITÓRIO NO SÉCULO XVIII

O TERRITÓRIO NO SÉCULO XVIII

1670

Nascimento de Tomás de Almeida, futuro primeiro patriarca de Lisboa, figura importante na corte de D. João V.

Nascimento de Tomás de Almeida, futuro primeiro patriarca de Lisboa, figura importante na corte de D. João V.

11/09/1670

Tomás de Almeida (Lisboa, 11 de setembro ou 5 de outubro de 1670 — Lisboa, 27 de fevereiro de 1754) foi o primeiro patriarca de Lisboa com o nome de D. Tomás I (aquando da elevação da sé arquiepiscopal a essa dignidade, em 1716, pelo Papa Clemente XI). Antes fora bispo de Lamego (1706) e mais tarde do Porto (1709). Clemente XII elevou-o ao cardinalato em 20 de dezembro de 1737. Figura predominante na corte, era filho de D. António de Almeida Portugal, 2.º Conde de Avintes e Governador do Algarve, e de D. Maria Antónia de Bourbon. Estudou no Colégio de Santo Antão de Lisboa com os jesuítas os preparatórios de latim, filosofia e retórica. Com 18 anos, tomou em 20 de dezembro de 1688 beca como porcionista no Real Colégio de São Paulo da Universidade de Coimbra, onde se doutorou. Foi o responsável pelo vasto programa de remodelação da igreja e palácio de Santo Antão do Tojal, incluindo a edificação de uma praça monumental, centrada na fonte-palácio alimentada por um aqueduto. Todo o conjunto foi obra do arquiteto italiano António Canevari.

1689

Lisboa – Paço Real – nascimento do príncipe D. João Francisco António José Bento Bernardo, fututo rei D. João V, filho segundo de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuburgo

Lisboa – Paço Real – nascimento do príncipe D. João Francisco António José Bento Bernardo, fututo rei D. João V, filho segundo de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuburgo

22/10/1689

Batizado no mesmo ano a 19 de Novembro, passou a infância rodeado por confessores e mestres eclesiásticos, um dos quais, o Cardeal da Cunha, viria a ser Inquisidor-mor e um dos seus mais próximos conselheiros.

1697

Príncipe do Brasil

01/12/1697

Jurado no dia 1 de dezembro de 1697. O título Príncipe do Brasil foi criado pelo rei D. João IV, estando reservado apenas ao sexo masculino, o equivalente ao título Princesa da Beira. A partir de D. João V o título Príncipe do Brasil passa a ser atribuído aos herdeiros do trono e o Príncipe da Beira aos herdeiros do Príncipe do Brasil, ambos independentemente do sexo.

1699

Morre D. Maria Sofia de Neuburgo devido a uma febre apenas dois dias antes de completar 33 anos.

Morre D. Maria Sofia de Neuburgo devido a uma febre apenas dois dias antes de completar 33 anos.

04/08/1699

Sepultada no majestoso mosteiro de São Vicente de Fora com todas as honras apropriadas. A rainha de origem alemã foi considerada uma mulher pouco simpatica, tímida e de humor dificil para os padrões do século XVII.

1706

Morre Dom Pedro II provavelmente de uma doença hepática

Morre Dom Pedro II provavelmente de uma doença hepática

09/12/1706

Jaz no Panteão Real do Mosteiro de São Vicente de Fora. Cognominado de O Pacífico, porque em sua regência se fez a paz com Espanha, pondo fim às guerras da Restauração, e assim mesmo, se consolidou a independência de Portugal, com a assinatura do Tratado de Lisboa em 1668.

1707

Aclamação solene de D. João V, como rei de Portugal e Algarves

Aclamação solene de D. João V, como rei de Portugal e Algarves

01/01/1707

Realizou-se o juramento de D. João Francisco António José Bento Bernardo, sendo solenemente aclamado como 24º rei de Portugal, com o título de D. João V, o Magnânimo.

Assinado em Viena o tratado de casamento de D. João V com D. Maria Ana da Austria.

Assinado em Viena o tratado de casamento de D. João V com D. Maria Ana da Austria.

27/06/1707

D. João V enviou um luxuosa embaixada à capital imperial, chefiada pelo Conde de Vilar Maior, Fernão Teles da Silva, que chegou a Viena a 21 de Fevereiro desse mesmo ano. A entrada oficial demorou-se algum tempo, porque o embaixador português esperava que da Holanda lhe chegassem alguns coches e cavalos, que deviam figurar no acto solene. A 6 de Junho, dia do Corpo de Deus, fez-se a entrada pública da embaixada portuguesa para o pedido da Arquiduquesa. O embaixador Fernão Teles da Silva entregou à futura rainha o retrato de D. João V, guarnecido de diamantes de grande valor e nesse mesmo dia se assinou o contrato de casamento.

1708

Casamento de D. João V com a arquiduquesa D. Maria Ana de Áustria, sendo o rei de Portugal representado pelo imperador Leopoldo I, na Catedral de Santo Estevão (em Viena)

09/07/1708

Na viagem para Portugal parou em diversos portos, realizando-se sempre pomposas festas.

Desembarca em Lisboa a Rainha D. Maria Ana

Desembarca em Lisboa a Rainha D. Maria Ana

27/10/1708

Onde teve uma imponentíssima recepção. No paço da Ribeira houve serenatas e músicas. No Terreiro do Paço queimaram-se fogos de artifício, e armou-se um anfiteatro, onde em três tardes sucessivas se realizaram corridas de touros.

1709

Bartolomeu de Gusmão ensaia no Terreiro do Paço o seu aeróstato.

Bartolomeu de Gusmão ensaia no Terreiro do Paço o seu aeróstato.

20/04/1709
Evento da obra Memorial do Convento

Desde o princípio que El-rei se interessou pelos projetos do padre jesuíta Bartolomeu de Gusmão que foi, provavelmente, o maior precursor mundial da história da aerostação, ficando célebre, através dos tempos, pelo invento da Passarola. Muito ridicularizado na época, chamavam-lhe “o padre voador”, porém Dom João V sempre o incentivou a fabricar o seu engenho. Bartolomeu de Gusmão protagonizou, no Paço Real, em 8 de agosto de 1709 diante do rei e da Rainha, do Núncio Apostólico, o Cardeal Conti, do Corpo Diplomático e demais membros da corte a primeira ascensão de um balão de ar. Um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente. Muito curiosa é a concessão de autorização para a construção do engenho – uma espécie de patente – que obteve do rei D. João V depois que lhe dirigiu uma petição anunciando que tinha descoberto “um instrumento para se andar pelo ar da mesma sorte que pela terra e pelo mar”. O objeto voador, que foi divulgado amplamente em forma de desenho e que ficou conhecido como Passarola, era fruto de alguma fantasia e não terá passado de um artifício de Gusmão para desviar a atenção dos seus detratores e dos curiosos. O projeto não teve continuidade, não havendo provas de ter havido uma demonstração no exterior, do protótipo. De qualquer modo, o padre voador é considerado um percursor da aeronáutica. Notável é que tivessem decorrido várias décadas até que, em 1783, os irmãos Montgolfier construíssem e ensaiassem um balão, primeiro, um modelo não tripulado e depois um modelo tripulado. O primeiro voo tripulado em Portugal foi realizado pelo italiano Vincenzo Lunardi em 24 de agosto de 1794.